FOTO: Arquivo pessoal / Divulgação.
Eduardo Terceiro da Silva Trankels surfa depois de ficar paraplégico por complicações de uma doença
Para Eduardo Terceiro da Silva Trankels, 34 anos, limite é uma palavra que não existe. Colaborador do Porto Itapoá há cinco anos, ele ficou paraplégico após complicações de uma cirurgia na coluna e um câncer. Mesmo com a uma nova rotina e tendo que se adaptar a limitações, em 2016, Eduardo decidiu voltar a trabalhar. Como Assistente de Operações no Terminal, ele é um dos responsáveis pelos Relatórios Pós Desatracação de Navios.
Morando em Itapoá durante a semana e em Guaratuba (PR) nos fins de semana, Eduardo se divide em uma rotina que passa pelos cuidados com a saúde, trabalho, lazer e superação de desafios.
E foi com essa ideia de não ficar parado, mesmo contando com limitações, que Eduardo e mais dez amigos iniciaram uma jornada de três meses para quebrar um paradigma importante: o que paraplégicos não podem surfar. “Sempre gostei de mar e depois de ficar paraplégico ia várias vezes na beira do mar e ficava olhando, me imaginando entrando novamente, mas achava que era impossível. Até que meu amigo e colega de trabalho Celso Souza veio com a ideia de surfar. No início, achei meio difícil de acontecer, mas fomos amadurecendo a ideia com o tempo. Eu nunca tinha surfado na vida, o máximo que fiz foi pegar jacaré na beira da praia”, conta Eduardo.
Com a ajuda dos amigos, ele passou por meses de preparação, desde a organização dos equipamentos, até o preparo psicológico e físico. “Foi incrível a aceitação de todos que participaram da iniciativa. Ninguém enxergou dificuldade alguma. Marcamos o dia e escolhemos como local a Barra do Açaí, um dos picos do surfe de Itapoá. No dia da ação, todos reunidos me ajudaram a caminhar até a água, colocamos os equipamentos e começamos a remar em direção às ondas. Fomos até o ponto certo para aguardar a ‘onda perfeita’ e, em poucos minutos, ela veio”, descreve Eduardo, feliz pela conquista e grato pela ajuda dos colegas. “Eles estavam o todo tempo comigo dentro da água. Quando eu pegava uma onda, já tinha alguém me esperando mais a frente. Foi incrível. Nunca pensei que pudesse ser possível.”
Eduardo só tem a agradecer aos amigos Celsinho Souza, Isaías de Borba, Léo Lawson, Marcos Estevão, Mika, Guilherme Aguiar, Ricardinho Batista, Danianderson Borges, Carlinhos e Pati da Barra do Açaí.
Superando seus limites todos os dias, Eduardo leva uma vida bem organizada e cheia de atividades. Além do trabalho, ele se dedica à fisioterapia e gosta muito de dirigir. “Sentia muita falta de um carro para me dar liberdade de ir e vir. Depois que comprei o automóvel adaptado, consegui voltar a ter a locomoção mais facilitada e isso faz diferença no meu dia a dia”, reforça.
A ideia agora é preparar o próximo dia de surfe, mas para isso, Eduardo precisa arranjar os outros equipamentos de que precisa, como roupa de borracha e pé de pato. “No surfe, a sensação foi de liberdade, de realização, e de esperança. Foi muito emocionante. Por isso, digo que basta querer para fazer algo assim. Se a pessoa quiser e correr atrás dos seus objetivos, com certeza alcançará”, diz ele.
Usando muletas ou a cadeira de rodas quando precisa se deslocar por longos percursos, Eduardo sonha em voltar a andar e usa a experiência como motivadora para isso. “Nos seis meses em que fiquei internado vi meus sonhos e projetos serem interrompidos. Por isso, digo que devemos dar valor pelo simples fato de poder respirar. Agradecer a Deus por tudo e parar de reclamar, além de olhar sempre o lado positivo das coisas, são atitudes que pratico diariamente”, aconselha ele.
De Gabriela Zimmermann, assessora de Comunicação da EDM Logos, com adaptação da Tribuna de Itapoá.
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