Dois termos parecidos que muitas vezes são confundidos pelo grande público, mas possuem significados completamente diferentes. Está nos dicionários: política é a “arte ou ciência de governar” e politicagem, a “política de interesses pessoais, de troca de favores, ou de realizações insignificantes”.
Significados expostos, é de extrema importância que o eleitor saiba distinguir as duas coisas na hora de escolher quem serão seus representantes em todos os poderes e esferas. Enquanto a política precisa ser vista como algo útil e necessária, é urgente que a politicagem perca o seu espaço nas discussões eleitorais. Mas como isso será possível em um país no qual essa politicagem emerge de maneira explícita durante o período eleitoral como o de agora? Eis um grande questionamento.
Ao meu ver, o principal ponto crítico dessa questão é o sistema político brasileiro, formado por algumas dezenas de partidos, maioria dos quais sem uma identidade partidária, que mudam de cara, nome e posicionamentos com extrema frequência, normalmente muito mais voltados a marketing eleitoral e ao atendimento de interesses pessoais do que ao bem comum, que deveria ser o foco.
Por essência, essas siglas partidárias deveriam representar os anseios da sociedade e, quando no poder, contribuir para o desenvolvimento intelectual, político e econômico, adotando posicionamentos democráticos e com foco no desenvolvimento do município, estado, país. Longe disso, estão cada vez mais voltadas à politicagem, com ideologias de enfeite que, muitas vezes, sequer são conhecidas por seus filiados, dirigentes e políticos, quanto menos cumpridas.
Uma prova clara do descompromisso em relação às identidades dos partidos é a janela partidária, que permite a troca de sigla por quem ocupa cargos eletivos sem que isso acarrete em perda de mandato. Não é difícil perceber que na maioria dos casos, essas trocas têm muito mais a ver com posições pessoais do que coletivas.
Diante do que foi exposto, surgem as mais inesperadas manobras partidárias nos bastidores do poder: “aliados” se separam, “adversários” se unem, escândalos surgem, outros partidos se criam e cada vez mais obsoleta fica a estrutura partidária, sempre muito mais voltada a projetos de poder do que de sociedade.
A verdade é que a classe política está sem credibilidade com a maior parte das pessoas, sendo os partidos políticos os principais protagonistas dessa insatisfação coletiva e merecida, diga-se de passagem.
Um novo processo eleitoral está tendo início. O que esperamos das Eleições Municipais de 2020? Eu espero que tenhamos discernimento suficiente para separar política de politicagem, que isso reflita nos próximos resultados das urnas (não só de 2020) e, principalmente, nas ações dos políticos em quem depositaremos nossa confiança e votos.
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