Tem gente, e não são poucos, que não crê na capacidade de resiliência da natureza. Como contraponto, vale replicar a experiência vivida pelo educador ambiental Cezar Pegoraro, da Fundação SOS Mata Atlântica, sobre o renascimento de um rio que como tantos outros, aparentemente, estava morto.
Pegoraro vive na cidade de São Paulo, no Butantã, na localidade conhecida por Sapé, nome de um riacho, assim chamado pelos índios. Sapé, na língua indígena, significa “local de muito capim”.
As margens e o fundo do vale do Sapé foram desordenadamente ocupados, o riacho soterrado, a ponto dos atuais moradores desconhecerem sua existência.
Em 2010, a Secretaria de Habitação da Prefeitura de São Paulo retomou um programa de urbanização na comunidade. Viviam no local, cerca de 2,5 mil famílias em condições sanitárias extremamente precárias.
O projeto promoveu a transferência de diversas famílias para condomínios habitacionais especialmente construídos e, através de outro programa, o “Córrego Limpo” da Sabesp, foi feito um coletor tronco de esgoto com as devidas ligações nas residências.
Ao mesmo tempo, implantou um Parque Linear às margens do córrego, com a finalidade de requalificar o fundo do vale.
Dois anos depois, em 2014, após a ligação do esgoto, o riacho iniciou lentamente um processo de autodepuração. Passado alguns meses, a água cinzenta e com cheiro ruim deu lugar a um riacho claro com peixes e vida fluvial. Eliminado o lançamento do esgoto, o riacho deu seguidas mostras da sua capacidade de recuperação.
Dados sobre medições feitas no Sapé no âmbito do programa “Observando os Rios” apontam a evolução da recuperação. De qualidade RUIM até 2014, apresentou-se como REGULAR em 2015 e na ultima análise, realizada em março de 2016, faltou apenas um ponto para ser considerado BOM.
Segundo o educador, muito ainda precisa ser feito e melhorado. Apesar da nova condição da qualidade da água, o Sapé sofre impactos, pois durante muito tempo foi destino de diversos resíduos e pessoas ainda depositam lixo em seu leito. Esse comportamento tem diminuído graças às ações desenvolvidas na comunidade como palestras, campanhas e mutirões, demonstrando que para a água permanecer limpa, tem que se criar novos hábitos.
O saneamento básico, mais do que direito de todos, é condição fundamental para que as pessoas e o meio ambiente sejam saudáveis, o que justifica iniciativas semelhantes nas cidades brasileiras.
O exemplo do Sapé revela a importância de manter rios abertos e limpos, e demonstra que cursos d’água urbanos podem e devem ter outra relação com a cidade.
Ter fé, nada mais é do que acreditar que as coisas podem dar certo.
Inverno, 2016.
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