O discurso é pródigo nas promessas e soluções. Pavimentação de ruas, por exemplo, tema recorrente na Administração Pública. No entanto, pouco se fala sobre calçadas para pedestres. Parece que não se anda a pé em Itapoá e os que andam disputam a rua com bicicletas e automóveis, sem falar dos caminhões e carretas estacionados nos espaços destinados às calçadas.
Ensina o psicanalista gaúcho Mario Corso, que é no espaço exíguo das calçadas que o público e o privado se encontram. Uma rua esburacada é problema da Prefeitura, o descaso com a calçada é problema nosso. A calçada é e não é nossa. Somos os responsáveis por elas, porém não os donos. Calçada mal conservada, suja, obstruída, privatizada, despadronizada ou a inexistência dela dá a nota da cidadania de cada município. Portanto, não se trata tão somente invocar ao estado faltante, a omissão do cidadão proprietário do imóvel, torna o tema também recorrente.
Não saberia precisar quantas ruas não pavimentadas existem em Itapoá. O Executivo, responsável pela urbanização e, o Legislativo, responsável pela fiscalização, devem saber.
Pavimentar todas as ruas de Itapoá em uma gestão é “missão impossível”. Como também, provê-las de todos os equipamentos necessários em curto prazo. No entanto, medidas alternativas poderiam contribuir para o encaminhamento de soluções simples e viáveis a curto prazo.
Assim, arrisco uma sugestão: a Prefeitura poderia, nas ruas com revestimento primário, – predominantes na cidade, – delimitar as áreas das calçadas direcionando o “patrolamento” ordenadamente nos limites das ruas. Nivelar as áreas das calçadas e proceder ao “manilhamento” para a drenagem das águas fluviais. Revestir a área da calçada com grama – de preferência a nativa “sempre verde” – possibilitando a absorção das águas das chuvas pelo subsolo. Certamente, o visual seria agradável e diferente do que se vê atualmente. Caberia aos proprietários dos imóveis, a responsabilidade da manutenção e dos cuidados necessários.
Nada de excepcional na sugestão, mesmo porque em algumas ruas, proprietários zelosos e cuidadosos, fazem isso espontaneamente. Posteriormente, com a rua pavimentada, a calçada definitiva seria construída. Algo como a obrigatoriedade das fossas sépticas padronizadas exigidas nas construções, enquanto a coleta do esgoto não chega.
A calçada pode parecer uma obra simples, mas para ter qualidade e durabilidade, é preciso estudar o terreno, prever sistema de drenagem, escolher adequadamente os tipos de pavimento e integrar uma combinação estética agradável. Enfim, é preciso de projeto.
Projeto detalhado, que evite rampas íngremes para acesso às residências, sem degraus e desníveis que dificultem e impossibilitem a passagem de cadeirantes e pessoas idosas. Que defina as faixas que serão pavimentadas, que estabeleça a largura dos canteiros e a posição das árvores, postes e possíveis mobiliários urbanos. E, numa cidade turística, padrões estéticos bem definidos.
Enquanto não acontece, fica a sugestão, pois como diz o dito popular: “mingau quente se come pelas bordas”.
Itapoá (Verão), fevereiro de 2025.
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