Para tentar superar o abismo filosófico existente entre pensamento e realidade; ideologia e história; sujeito e objeto a Fenomenologia buscou uma perspectiva que pudesse solucionar estes problemas desfazendo estes dualismos. Era preciso ‘ voltar às coisas mesmas’ a partir de um olhar onde não cabia esta separação. Entre essas perspectivas podemos citar a grosso modo um olhar a partir de conceitos como a Presença, o Tempo, a Existência e, a que nos interessa no momento, a Percepção.
É claro que cotidianamente não refletimos sobre isso, mas colocando o mundo cotidiano entre parenteses, capacidade exclusiva do ser humano, pode-se lançar um olhar sobre ele e refletir sobre o mesmo. Podemos assim refletir criticamente sobre nossa prática diária, sobre os interesses que a movimenta, suas origens, suas consequências e seu futuro.
Aquilo que percebemos através dos nossos sentidos é o que nos mostra o mundo como ele realmente é, sem dualismos, pois nossa própria percepção está impregnada de racionalidade, sentimentos, ideias, memória, etc.
Desse modo, não é pouco importante observar com um olhar crítico aquilo que recebemos diariamente através dela. De imediato se perceberá facilmente que não temos controle sobre grande parte do que vem até nossos sentidos. Por outro lado percebemos também que temos controle sobre uma parte daquilo que escolhemos ver ou ouvir. Sabendo que viver é desenhar sem borracha, e que na vida real não existe uma função tecnológica para ‘des-ver isso’; ou des-ouvir isso, o cuidado com aquilo que escolhemos ver, ouvir ou sentir é de extrema importância.
Os critérios para essa seleção é algo difícil de definir, talvez escolhas que não sejam puro entretenimento, mas tenham um valor edificante na sua contemplação possa ser um deles. A qualidade daquilo que optamos por preencher nossos sentidos também pode e deve ser levada em consideração. Em ambos os critérios, aquilo que já conhecemos historicamente como obra de arte consagrada ganha um forte apelo. Temos ali tanto a certeza de algo de qualidade, inerente a obra de arte digna deste nome; assim como a presença de um ideal universal que nos leva sempre além, pois isto pertence também à obra de arte.
Desse modo, nossa coluna sobre o tema da cultura, que esperava enxergar o óbvio, o mais imediato, ‘as coisas mesmas’, leva novamente nosso olhar em direção à valorização da arte e da sua contemplação como instrumento de transformação de nosso cotidiano e com ela, da nossa sociedade.
Se o tempo é a moeda da existência, e a percepção, o lugar dela, preencha-os com aquilo que irá render o lucro social tão desejado para nós mesmos e para os outros. Faça, participe, valorize, promova e divulgue as obras e atividades artísticas ao seu redor.
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