Ano velho, ano novo! Mais uma entre as tantas trocas de calendário.
Indiferente, o tempo segue seu destino e a realidade radical é que, no seu caminho, vamos envelhecendo, inexoravelmente!
No entanto, a velhice é pouco valorizada, pouco cultuada e, até mesmo, pouco respeitada. Sobre a velhice e os velhos pouco, quase nada.
Com o tempo, o corpo se transforma, surgem as rugas na pele, o cabelo rareia, embranquece, a atividade física diminui e a expressão “velho” vira sinônimo de coisa antiga, obsoleta, superada e desnecessária.
Diante do inevitável, o que fazer na passagem da juventude iluminada, para a velhice tão despercebida?
Carl Jung¹, comparou a trajetória da vida humana ao caminho do Sol. No amanhecer, desponta brilhante e segue intenso, irradiando luz e calor; ao meio do dia, diminui a intensidade, reduzindo o brilho, até mergulhar no poente. Difícil é perceber que ao reduzir o brilho não significa se apagar, é apenas uma troca de sentido, pois a luz do sol jamais apaga.
Há pessoas e não são poucas, que perseguem o mito da eterna juventude, como se o entardecer da vida não tivesse o mínimo valor. Outras se apegam às realizações do passado e se tornam contrárias a qualquer mudança. Renitentes, ficam reduzidas as lembranças. Poucas são as que percebem o verdadeiro sentido da velhice.
Para Jung, o jovem deveria encontrar, na relação com o mundo, o que o homem na velhice deveria encontrar dentro de si mesmo, ou seja, a necessidade de reconhecer o engano de convicções até então defendidas e perceber as inverdades das verdades.
Em algumas sociedades, notadamente nas ocidentais, o idoso não encontra o reconhecimento que merece. Não é aceito como a pessoa experiente, capaz de perceber os acontecimentos que fogem à pressa dos jovens.
Deveríamos, dizia ele, apreender com a cultura oriental, que honra os velhos pela capacidade de reflexão que têm e que considera a velhice como a imagem da imortalidade e da sabedoria.
Não é por acaso que nos antigos escritos, o sábio Lao-Tsé, no século VI a.C., repleto de glória, nasceu com os cabelos brancos e o aspecto de ancião.
Itapoá (verão), janeiro de 2020.
¹Carl Gustav Jung, psiquiatra e psicoterapeuta suíço que fundou a psicologia analítica e desenvolveu os conceitos de personalidade extrovertida e introvertida, arquétipo e inconsciente coletivo.
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