O início do ano causa uma sensação de abertura para o novo, de um espaço aberto para se tomar novas direções, muito embora, além das festas, ele seja apenas mais um dia do calendário. Antropologicamente, as festas, sejam de origem religiosa ou não religiosa, têm a função de por alguns momentos proporcionar esta sensação de liberdade diante do jugo, muitas vezes injusto e pesado, da realidade social e suas relações.
O carnaval é um bom exemplo de festa popular que tem, na sua essência, a emancipação do jugo da estrutura social, em que através da música, das alegorias, fantasias, dos desfiles, cria-se um espaço onde pessoas de diferentes classes, etnias, profissões, e sem nenhuma relação provinda da rotina de trabalho, ou atividade comercial em comum, podem estar juntas e celebrar um momento esteticamente rico e diverso.
A arte também tem essa função, não somente para que possamos respirar sob uma estrutura (necessária para manutenção de qualquer sociedade) mas para que possamos também renová-la através desses espaços que se abrem, seja individualmente ou coletivamente.
É necessária a criação e manutenção de momentos de apreciação da arte pura e, simplesmente, livre inclusive de um interesse comercial. Ela precisa ser mais do que uma mercadoria. Para que isso aconteça, ao mesmo tempo que precisa ter acesso gratuito, não se pode deixar de remunerar os trabalhadores culturais envolvidos para sua execução. Esse é o grande dilema para que ela se mantenha livre, e o investimento público tem um grande papel nesse sentido, tanto quanto para a preservação de segmentos culturais populares ou eruditos. Isso, porque nem sempre a arte tem um valor comercial, e como mercadoria, tem menores chances que outros produtos. Mário Quintana é considerado um dos maiores poetas dos últimos tempos, igual a muitos outros, passou por diversas dificuldades financeiras, mas nunca deixou de exercer sua tarefa de, como artista, fazer respirar. Ou nas palavras de Mário Quintana:
Quem faz um poema abre uma janela.
Respira, tu que estás numa cela
abafada,
esse ar que entra por ela.
Por isso é que os poemas têm ritmo
– para que possas profundamente respirar.
Quem faz um poema salva um afogado.
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