Não é difícil perceber que a moeda da existência é o tempo. E também que vendemos nosso tempo de vida, diariamente, em troca de moeda para garantir nossa subsistência. Quanto maior o tempo necessário para trocar por moeda para sobreviver – e isso muda de acordo com a profissão exercida, situação econômica de um país, e com a paridade ou desigualdade de direitos que os governantes eleitos promovem – menor será o tempo livre para se dedicar a alguma outra atividade ou simplesmente repousar.
É necessário refletir sobre a promoção de atividades culturais dentro desse contexto de realidade inevitável. Por um lado, a oferta de atividades gratuitas promove a democratização de acesso à cultura. No entanto, ela não resolve a questão da falta de espaço em nosso cotidiano, para se dedicar a algo que não paga nossas contas.
O investimento na Educação para esta promoção acontecer é um bom caminho, juntamente com a diminuição da pobreza e do trabalho infantil, pois, de modo geral, os estudantes não estão ainda inseridos no mercado de trabalho e integralmente responsáveis pela sua subsistência. Mas se esse aluno não se tornar um profissional da Cultura, opção que demanda muito amor e coragem, na passagem da adolescência para a juventude, ele terá que abandonar o tempo dedicado a essas atividades para entrar e fazer parte do mercado de trabalho.
Uma situação paliativa que acontece em países melhores organizados é a promoção de bolsas de estudos para que, em determinadas áreas, o indivíduo não precise abandonar o longo caminho do estudo das artes.
A oferta gratuita, para o público que recebe aposentadoria, também pode ser uma boa opção, apesar de que, com a reforma da previdência, o trabalhador terá cada vez menos tempo para usufruir desses bens. Essa vai atingir pessoas que já tiveram afinidade para essas atividades na infância ou idade madura, pois é um pouco mais difícil criar novos hábitos nessa fase, mas não impossível.
No entanto, mesmo atingindo esses públicos com êxito, teríamos ainda a maior parcela da população distante da possibilidade de usufruir dessas atividades, mesmo gratuitamente. Para isso, seria necessário um grande trabalho de conscientização do empresariado e um governo que trabalhasse a favor da cultura, e não contra. O benefício agregado ao salário do Vale Cultura; as leis de incentivo à cultura municipal, estadual e federal; a diminuição do arroxo salarial e a reaquisição do direito de descanso semanal remunerado; a diminuição da pobreza e desigualdade social; são melhorias que também ajudariam o Brasil a ter mais cultura.
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