FOTO: IGG / Divulgação.
Antonio Carlos Pereira, engenheiro químico da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC) obteve recentemente seu mestrado em Tecnologia e Ambiente com a tese “Compostagem de Resíduos Sólidos Urbanos em Escala Real: Aplicação, Comparação e Efetividade de Diferentes Tecnologias”.
O Brasil é o sexto país em população, mas o quarto em produção de lixo. Embora esteja crescendo o uso de aterros sanitários, ainda é muito grande a quantidade de material destinado a “lixões”, que poluem o meio ambiente e geram problemas de saúde (leptospirose, cólera, malária, dengue, toxoplasmose, etc). Segundo a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), a ordem de prioridade de geração de resíduos é: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e destinação final.
Itapoá tem um alto custo anual com transporte e destinação do lixo para o aterro sanitário de Mafra, a 200 km. Aterros sanitários são a melhor solução para destinação final, mas têm um alto custo de implantação, requerem alocação de grandes áreas, demandam um tempo grande de serviço e representam um passivo ambiental. A reciclagem de matéria orgânica, além de reduzir a necessidade de envio para os aterros, produz energia (incineração, pirólise), biogás (biodigestão anaeróbia) e/ou adubo (compostagem).
O estudo avaliou a eficiência de quatro diferentes metodologias de compostagem: 1) leira estática com aeração passiva; 2) leira estática com aeração forçada, coberta com lona semipermeável; 3) leira estática com aeração forçada; 4) leira com revolvimento forçado. Foram recolhidos 1.300 kg de resíduos de três restaurantes. A conclusão foi que a metodologia de leiras estáticas com aeração forçada, cobertas com lonas semipermeáveis, permite diminuição do tempo de compostagem, assim como o tratamento de grandes volumes.
Do ponto de vista econômico, além de diminuir a despesa com o transporte e destinação do lixo (no Brasil, os resíduos orgânicos representam cerca de metade de tudo o que é descartado), a compostagem gera renda com a reutilização de diversos nutrientes. Só com a produção de uréia, uma cidade como Joinville teria uma receita de R$ 70.000/mês.
No aspecto social as vantagens são a geração de emprego e renda nos municípios e a melhoria das condições de trabalho em toda a cadeia.
Na seara ambiental, o uso da tecnologia proposta permite a reciclagem de nutrientes, com diminuição de passivos e riscos ambientais como os riscos à saúde pública e emissão de gases de efeito estufa.
A tecnologia de uso de lonas permeáveis foi inspirada em solução já empregada na Alemanha, que transforma a fração orgânica do lixo perto das comunidades, evitando cheiro, gases, roedores e insetos. Mas a lona alemã chega ao Brasil ao custo de R$ 2 mil/m2 e, para este estudo, foi desenvolvida junto a uma empresa de Jacareí-SP, uma lona com um custo de cerca de 15% do valor da lona alemã.
A IGG, empresa que realiza a Riviera Santa Maria em Itapoá, patrocinou a compra de equipamentos e das lonas, permitindo que a pesquisa avançasse rapidamente. Ao agradecer o apoio da IGG, Antonio (à direita na foto) lembrou que a parceria com a iniciativa privada deu agilidade ao processo de pesquisa. Ressaltou que ainda há muito trabalho a fazer como viabilizar uma Unidade de Tratamento e investir na educação ambiental, mostrando como o lixo pode ser transformado, gerando vantagem econômica.
Rubens Geraldo Gunther (à esquerda), Presidente da IGG, relatou a satisfação da empresa em poder contribuir com um trabalho que aponta soluções para ganhos ambientais, sociais e econômicos, e assegurou que todos os esforços serão empreendidos para que, tanto na implantação do loteamento, como na futura operação do bairro, os resíduos sejam tratados com as técnicas que privilegiem a sustentabilidade ambiental.
Da IGG, com adaptação do Itapoá Notícias. FOTO: IGG / Divulgação.
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