Com grande sabedoria, Paulo Freire afirmou que a neutralidade é impossível, mesmo imóvel ou calado, seus atos cotidianamente tomam partido. Resta saber, eles são includentes ou excludentes. Palavras, pensamentos, gestos, opiniões, escolhas, atitudes, antes do voto já é tomar partido. Pode-se inclusive relativizar dentro do universo infinito de um indivíduo diversas atitudes excludentes e includentes em um mesmo dia.
Como versou o grande poeta do teatro ‘somos uma teia de vícios e virtudes, e nossos vícios nos desesperariam se nossas virtudes não os consolassem, e nossas virtudes nos envaideceriam se nossos vícios não os flagelassem.’ (W. Shakespeare) Somos imperfeitos, é certo, mas o melhor do ser humano, e em consequência da sociedade, é que somos perfectíveis. Somos por mais retrógados ou avançados que sejamos, somos passíveis de aperfeiçoamento, podemos sempre melhorar, progredir.
Neste processo de perfectibilidade, já superando no parágrafo anterior a polarização algorítmica (direita e esquerda) proporcionada pelas redes sociais e suas escolhas das informações que teremos prioritariamente mais acessos, a cultura é sem dúvida o motor de toda e qualquer evolução ou progresso da humanidade. Enfim a cultura é o motor da perfectibilidade, ou seja, do movimento que nos leva para nos tornarmos melhores enquanto pessoa e enquanto sociedade.
A lei Rouanet foi efetivada em uma gestão de direita, com Fernando Collor na presidência, a lei Aldir Blanc e Paulo Gustavo foi proposta e conquistada pela esquerda em outra gestão da direita, que teve de aceita-las pela maioria do congresso e do senado, apesar das tentativas de veto do então presidente representante da extrema direita.
É óbvio que os produtos culturais gerados através dessas ferramentas são o que movem uma cidade e um país para sua perfectibilidade. É também lógico e mais provável que em uma ideologia e gestão includente e que apoia a cultura, o que é uma prioridade historicamente comprovada pelas ideologias de ‘esquerda’, para usar uma denominação nem sempre eficaz e nos dias de hoje ilusória por conta dos algorítmicos, que a cultura e seu poder de transformação benéfica para a sociedade têm mais chance de acontecer.
Enfim, se a sua posição política não é de direita ou de esquerda, mas seu desejo é ver a cidade e país caminhar para frente, apoie os candidatos e partidos que tem um compromisso com a cultura.
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O Desenvolvimento Cultural em Itapoá, passa longe de ideologias. As leis de incentivos também. Para que esse desenvolvimento ocorra, são necessários agentes promocionais, que saibam desenvolver bons projetos de captação junto à Iniciativa privada. Incentivar a comunidade à participar e coordenar com muito esmero e competência, essas açōes. Posso afirmar, que hoje Itapoá é modelo bem sucedido às demais cidades do nosso Estado.
Muito legal o teu texto, Muth! Buscar constantemente o equilíbrio nas nossas ações diárias não tem nada de excepcional e deve ser um exercício constante, independentemente daquilo que defendemos.
Perfeita sua constatação de fatos indiscutíveis basta ler, observar e ir Tocando em Frente.
Parabéns pela crônica e pela esperança de uma Itapoá que promova a Cultura da Paz e Não Violência.