Estabelecimentos comerciais de Itapoá sofrem com o momento econômico causado pelo coronavírus
Em meio a tantas incertezas que a pandemia do novo coronavírus nos apresenta, há uma questão que é unanimidade: o fato de que ela traz consigo um impacto econômico imensuravelmente alto nos mais diversos segmentos comerciais, especialmente aos estabelecimentos de pequeno porte, que são a maioria e também os que geram o maior número de empregos no País. Em Itapoá, eles também estão em grande número e geram muitos empregos.
Nestes momentos em que as dificuldades surgem, o que não falta é apreensão por informações que possam trazer um pouco de otimismo aos empresários para os dias que se aproximam. Governo afrouxa uma medida de isolamento de um lado, aperta do outro, muda a estratégia, mas seguem as muitas incertezas. Cada passo é acompanhado de imensa expectativa pelos seus resultados econômicos, mas também sanitários. Enquanto isso, os comerciantes vão se adaptando a cada novo cenário até que algo próximo a uma normalidade surja e as coisas passem a ficar mais tranquilas.
Para conhecer um pouco mais sobre esse cenário que os empreendedores de Itapoá estão enfrentando, o Itapoá Notícias conversou com alguns deles. O primeiro foi Rafael Eckel, que é proprietário da Sublimart Personalizados. Ele conta que sua empresa está cumprindo todos os decretos estaduais e municipais. “Por um tempo, tivemos que parar totalmente nossa atividade, tanto na loja (público), como também em nossa produção. Agora, com a liberação, aos poucos das atividades, estamos trabalhando com horário marcado e limite de pessoas dentro da loja”, explica. “Assim como nós, muitos outros comerciantes estão enfrentando dificuldades financeiras, mas sabemos que esse momento é no geral. Por isso, devemos seguir firmes e com fé, pois em breve, voltaremos às nossas atividades normais com uma certeza: Deus está no controle de tudo”, considera Rafael.
A proprietária da MC Ferragens e Multiutilidades, Maris Adriane Neuhaus, conta que a loja passou duas semanas de portas fechadas, atendendo somente urgências e emergências. “Desde a abertura, o movimento vem se reestabelecendo e normalizando dia a dia. Trabalhamos com os cuidados recomendados, usando máscaras na medida do necessário e possível. Também usamos álcool e muito sabão ao lavar as mãos”, detalha. Os clientes também estão tomando os cuidados necessários. “Assim, todos podemos conviver bem e continuar nossas vidas em ritmo menos acelerado, mas não parado”, considera Maris.
A cirurgiã dentista Fernanda Parker de Oliveira, por atuar em uma área bem específica e de bastante risco neste momento de pandemia, conta que estão observando todas as indicações da OMS (Organização Mundial da Saúde) no consultório odontológico em que atende juntamente com a também cirurgiã dentista Bruna de Mira Farias. “A Odontologia, dentre todas as áreas de serviços de saúde, é a que detém maior periculosidade”, explica Fernanda.
Patrícia Cavalcanti da Silva é proprietária da Linanis Perfumaria. Ela explica que desde o decreto que determinou o isolamento social e o fechamento dos estabelecimentos comerciais, recorreu ao marketing digital com suas diversas possibilidades. Assim, conseguiu continuar atendendo aos clientes. “Com certeza, vai continuar sendo um grande aliado nesse retorno da reabertura da loja física. Claro que todos sentimos os efeitos financeiros mediante a essa crise, e ainda vamos sentir. Vou reabrir a loja com as normas de saúde para a segurança dos meus clientes e para minha própria segurança. Para tentar amenizar, estou fazendo um levantamento de todos as despesas da loja e dos próximos meses. Vou dar prioridade aos gastos fixos e tentar enxugar as variáveis. Trabalhar com muita divulgação, promoções, eventos, sorteios, descontos. Acho que tudo isso ajuda um pouco”, conclui Patrícia.
Enquanto os cenários sanitário e econômico não se estabilizam, o que resta a todos os empreendedores é um constante adaptar-se até o ressurgimento de dias mais prósperos.
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