Pesquisa aponta o Porto Itapoá como o número 1 do Brasil

Foto de arquivo do Tribuna de Itapoá.
Foto de arquivo do site Tribuna de Itapoá.

Segundo divulgado neste domingo, dia 10 de agosto, pelo jornal “O Estado de São Paulo”, uma pesquisa realizada pelo ILOS (Instituto de Logística e Supply Chain) apontou o Porto Itapoá como o terminal portuário com o melhor desempenho do País.

Em apenas três anos de operação, um dos mais novos portos do Brasil conquistou a maior nota dos usuários – 8,9.

Administrado pelas empresas Aliança (da Hamburg Süd), Batistella e Log Z (formada por fundos de investimentos administrados pela BRZ), o Porto Itapoá é especializado na movimentação de contêineres.

Para Patrício Junior, presidente do Porto Itapoá, o resultado alcançado pelo Terminal é reflexo de uma soma de investimentos, os quais vão desde a infraestrutura até o esforço constante que a empresa agrega na motivação, qualificação e engajamento das pessoas. “Toda empresa só consegue atingir níveis de excelência, como aponta o resultado dessa pesquisa, quando consegue identificar que seu maior patrimônio são as pessoas. Investimento em infraestrutura, equipamentos e relações comerciais é fruto do trabalho de nossos colaboradores, que trabalham com a certeza de que tudo que fazem são para eles mesmos, e não apenas pela empresa. O Porto Itapoá é uma empresa onde as pessoas fazem a diferença”, exalta.

Esse desempenho do segmento portuário nacional destacado pelo ILOS é o resultado de uma pesquisa de opinião respondida por 169 companhias de 18 diferentes setores da economia brasileira.

Ainda segundo a matéria do jornal “O Estado de São Paulo” desse domingo (10/08/2014), os projetos de expansão dos portos públicos estão travados no TCU (Tribunal de Contas da União) e o governo só tem conseguido liberar, de forma ainda morosa e em número abaixo das necessidades, a construção de alguns terminais privativos (para a movimentação de carga próprio e de terceiros). “Por enquanto, a nova lei tem tido um efeito contrário. Em vez de ampliar os investimentos, o setor parou. Isso cria um clima negativo e a percepção dos usuários piora em relação aos serviços prestados”, afirma o presidente do ILOS, Paulo Fleury.

Fleury conta que os profissionais de logística das empresas deram nota de 0 a 10 para os três principais portos que usam. Os setores de mineração, químico, petroquímico, higiene e limpeza, cosmético e farmacêutico são os que fizeram as piores avaliações. Os terminais privativos, em média, tiveram um desempenho melhor na avaliação quando comparados aos públicos. “Essa posição reflete dificuldades de acesso (terrestre e marítimo), burocracia, mão de obra, etc. Os terminais que estão dentro do porto são bons, mas a parte coletiva não é”, avalia Fleury.

Nesse contexto, o desempenho do Porto Itapoá, operando há apenas três anos, revela a necessidade de investimentos privados no País. Cercado de bons concorrentes, ainda sim, o terminal itapoaense apresenta resultados admiráveis em muito pouco tempo. “Nossa entrada no setor foi desafiante. Itapoá era uma cidade turística, de veraneio, sem nenhuma tradição na atividade portuária. Além disso, nossos concorrentes (Paranaguá, Navegantes e São Francisco do Sul) já estavam consolidados”, afirma o diretor do porto, Márcio Guiot. Segundo ele, a saída foi adotar práticas diferenciadas de operação e tarifação.

O Porto do Pecém, com mais tempo de atividade, ficou em segundo na avaliação feita pelo ILOS. Trata-se de um terminal privativo controlado pelo governo do Ceará e que obteve nota 7,9. Foi inaugurado em 2002 e movimenta granéis sólidos e líquidos, além de contêineres. Com 7,44 pontos, o Porto de Navegantes, vizinho de Itapoá, ficou na terceira posição. Ele é administrado pela Triunfo Participações (TPI).

Nas últimas posições ficaram os portos públicos de Santos (em 11º com 6,36 pontos), Salvador (em 12º com 6,33 pontos) e Paranaguá (em 13º com 6,33 pontos). Tratam-se, os três, de complexos portuários formados por grandes terminais e que movimentam uma série de contêineres, veículos, combustíveis, soja e açúcar. A administração é realizada por estatais federais (no caso de Santos e Salvador) e estadual no caso de Paranaguá.

Ranking dos Portos Brasileiros

Elaborado pelo Instituo ILOS divulgado pelo Jornal O Estado de S. Paulo, em 10/8/2014

Itapoá 8,90
Pecém 7,90
Navegantes 7,44
Rio Grande 7,30
Vitória 7,29
Itajaí 7,22
Suape 6,89
São Francisco do Sul 6,86
Itaguaí 6,80
10º Rio de Janeiro 6,72
11º Santos 6,36
12º Salvador 6,33
13º Paranaguá 6,33

Apesar de ser uma pesquisa de opinião, os três portos que se encontram nas últimas posições não aceitam o resultado. Eles questionam o fato de terem sido colocados no mesmo ranking que os terminais privativos, os quais na maioria das vezes operam com apenas um tipo de carga. A Codesp (Companhia de Docas do Estado de São Paulo), que administra o Porto de Santos diz ser inconcebível a comparação entre os portos de naturezas distintas. Segundo a Companhia, Santos oferece a melhor oferta de infraestrutura, o maior parque armazenagem do País e a melhor condição de acessibilidade do sistema portuário. “Além disso, conta com a maior quantidade de rotas marítimas regulares. Por ano, passam por Santos, 5,3 mil navios.”

Já no caso do Porto de Salvador, o diretor executivo da Associação de Usuários dos Portos da Bahia (Usuport), Paulo Villa, afirma que o resultado da pesquisa não surpreende. “Há dez anos, pedimos que o porto seja ampliado, mas tem ocorrido o contrário. O porto se apequenou.” Segundo Villa, o preço de movimentação do contêiner subiu 1.067% desde o ano 2000. “Isso retirou a competitividade das empresas, que tiveram de buscar rotas alternativas.”

Por ter apenas um terminal de contêiner, as linhas regulares das empresas de navegação foram minguando, segundo o diretor. Santos, por exemplo, tem sido o único a realizar qualquer operação com a China.

Na importação, a mercadoria é desembarcada em São Paulo e levada para a Bahia por caminhões. As frutas, por sua vez, são embarcadas por Pecém.

Paulo Resende, professor da Fundação Dom Cabral, considera os esforços aplicados no sistema portuário nos últimos anos insuficientes para reduzir os problemas. “Para piorar, os projetos e programas estão andando a passos de tartaruga.”

 

Com informações da EDM Logos, Assessoria de Comunicação do Porto Itapoá.

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Thiagão

Jornalista pela PUC/PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) com pós-graduação em Marketing Empresarial pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), Thiago Gusso já trabalhou em importantes projetos de comunicação de Curitiba (PR) e Itapoá. Atualmente, responde pela Direção do site Tribuna de Itapoá e do jornal impresso Itapoá Notícias, nos quais segue também em sua atuação como jornalista. E-mail: thiago@itapoanoticias.com

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