Antes dos aplausos

Mutti principalOlá, amigos e amantes da cultura. Mais ou menos como um conto emoldurado, onde de uma história nascem muitas outras, nossa coluna vem abordando temas que surgem espontaneamente das próprias reflexões em torno dessa palavrinha de múltiplos sentidos. O objetivo é compreendê-la para poder utilizar e multiplicar aquilo que temos fome. Também é fomentar o interesse por ela.

Na coluna anterior, tratamos dos sentidos da palavra cultura. Falamos também do avanço tecnológico que nos proporcionou a possibilidade de divulgar uma opinião ou um produto para milhões de pessoas ao mesmo tempo e dos benefícios e malefícios desta possibilidade. Marx e Engels já sabiam que a mudança nos modos de produção mudava também a nossa percepção do mundo. Com a divisão do trabalho, o afastamento da natureza, a alienação, a sociedade de consumo, predominância da opinião no lugar do argumento e a da informação no lugar da reflexão crítica e da literatura, nos tornamos cada vez mais imediatistas. O mesmo aconteceu com as mudanças nas formas de comunicação. Quando Walter Benjamin, no ensaio ‘O Narrador’, falando do distanciamento da arte de contar histórias, cita o poeta Paul Valéry este se refere a nossa época assim: ‘e já passou o tempo em que o tempo não contava. O homem de hoje não cultiva nada que não possa ser abreviado’. É claro que isto é apenas uma tendência geral proporcionada por essas mudanças, não é uma regra, prova disso é que já lestes o artigo até aqui.

E o que isso tem haver com os aplausos? Explico: Os patrimônios culturais do qual temos fome e que nascem no campo das artes precisam ser plantados e cultivados por longo tempo até darem frutos. Uma das maneiras de fomentar a arte e a cultura é através das apresentações artísticas e com elas formar platéia. No entanto, o trabalho com a cultura (no sentido patrimônio) não pode limitar-se a um evento, algo pontual, ele deve ter continuidade no tempo para cumprir sua função. Deve ser repetido constantemente e, ao lado das apresentações, oferecer formação continuada para o surgimento de novos artistas, aperfeiçoamento dos artistas já existentes no local e fomento de estudantes e apreciadores de tais artes.

Está provado cientificamente que para alcançar a excelência em qualquer profissão são necessários 10.000 horas de dedicação. No campo das artes, por sua própria natureza, nada menos que essa excelência pode ser considerado como tal. Para se aprender qualquer instrumento musical é preciso no mínimo 8 anos de estudo diário, o mesmo acontece com as outras artes. Enfim, tudo leva tempo e desaprendemos a cada dia essa paciência e perseverança no trabalho contínuo a médio e longo prazo.

O problema é que seguindo uma tendência cultural (no sentido antropológico), depois da progressiva divisão do trabalho, quando vamos comprar pão, não lembramos do tempo de forno deste, também não pensamos no trabalho do padeiro, assim como não lembramos do plantio, maturação, colheita, nem de cada etapa do processamento industrial do trigo, sua comercialização, transporte, etc. Simplesmente compramos e comemos o pão.

Com a arte acontece o mesmo, sendo que, ela possui um agravante a mais. Em uma apresentação artística metade do trabalho do artista é esconder todo esse trabalho anterior para ter esse efeito de surpresa. É preciso esconder o trabalho com o cenário, iluminação, estudo, ensaios, etc. É preciso abrir as cortinas e “tchan, tchan, tchan, tchan”. Da mesma forma que um ilusionista quando faz uma mágica esconde o truque (ensaiado inúmeras vezes), pois de outra forma ela perderia a graça.

Um exemplo: para assistirmos a primeira apresentação do Coral Vozes da Babitonga que durou em torno de 45 minutos foi preciso um ano de planejamento e aprovação do projeto junto ao Ministério da Cultura, captação de recursos, compra de piano, criação da arte para cartaz, confecção dos cartazes, divulgação dos cartazes para chamada dos candidatos, 82 entrevistas com os candidatos, 23 anos de estudo diário de música do nosso maestro e 15 anos de experiência regendo corais, mais de 20 anos de estudo diário e experiência em acompanhamento de corais e cantores da pianista que acompanha o coral, 3 meses de preparação vocal dos coristas (vocalizes, exercícios de respiração, aulas de linguagem musical), 3 meses de ensaios, agendamento, criação da arte para cartaz da divulgação da apresentação, confecção dos cartazes, divulgação dos cartazes, divulgação na internet e mídia espontânea, coordenação do projeto, etc.

Ou seja, as apresentações artísticas de qualidade não nascem num passe de mágica. Cabe ressaltar que sem escolas de artes e o trabalho contínuo de professores não existiriam maestros, atores, pintores, desenhistas, artesãos, escritores, etc. Sem a consciência de um trabalho continuado a médio e longo prazo na educação das nossas crianças que ainda não precisam, e nem devem, trabalhar, não surgirão novos artistas, independente de isso vir a se tornar uma profissão ou um hobby. Faz-se necessário fomentar ao lado da apreciação das apresentações artísticas o interesse pelo estudo destas artes em escolas e projetos de qualidade. Além disso, o ensino delas é também uma profissão de onde sobrevivem muitos artistas. E, é claro, que para termos apresentações artísticas precisamos deles vivos.

Mas para que tudo isso? Fazemos isso porque a arte nos faz recordar a nossa essência primeira.

Lembra que quando utilizamos a palavra cultura no seu sentido mais geral e dissemos que ela é tudo aquilo que não é mais estritamente natural? Não como oposição a natureza, mas algo que o homem pôs a mão e, assim, de certa forma, humanizou. Mas o que é esse humano? A principal característica do ser humano é justamente esta, presente nas apresentações artísticas. Aristóteles já havia percebido esta atitude na origem da filosofia e da ciência, alguns a traduzem como ‘espanto’, aqui usaremos ‘admiração’. O ser humano é o único ser que tem a capacidade de admirar-se com o mundo. Esta atitude está presente em nossa primeira infância onde, como diz nossa querida poeta Cecilia Meirelles, ‘era desnecessário crescer, pensar, escrever poemas, pois a vida completa e bela e terna ali já estava’. No entanto, com o passar dos anos, na rotina do trabalho, vamos ficando calejados e perdendo esta capacidade de maravilharmo-nos com o mundo. É por isso que quando vemos uma apresentação artística de qualidade nos sentimos renovados. Por isso os aplausos! E por isso todo este trabalho antes dos aplausos.

Mutti

Mutti

Helmuth A. Kirinus é mestre em Filosofia pela UFPR, formado em gestão cultural e músico. Atualmente coordena 8 projetos via lei Rouanet de incentivo à cultura e 4 via Sistema Municipal de Desenvolvimento da Cultura de Joinville. É professor de violão e coordenador da Escola de Música Tocando em Frente em Itapoá. Atua também como representante técnico do setor Comunicação e Cultura dos projetos do Ampliar pelo Porto Itapoá.

20 comentários em “Antes dos aplausos

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    29 de março de 2016 em 00:56
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    mutty, estoy gratamente impresionado con la claridad con que defines la cultura .Cesar vallejo, el genial poeta peruano decia …todo acto o voz genial viene del pueblo y va hacia el….en esta idea sintetizo el gran aporte de la comunidad para trasmitir sus ideas y valores a travez de las expresiones artisticas,contribuyendo con ello a la formacion de valores y haciendonos recordar q a travez del arte recreamos nuestra vida pasada y presente. abrazos

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      2 de abril de 2016 em 09:21
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      Gracias por tus palabras. Sí, Cesar Vallejo tiene razón, también soy fan de sus poesias. Pero no conozco sus pensamientos acerca del arte y cultura. Por lo que me dices estoy en completo acuerdo. Lo difícil en nuestro país es hacerlos que lleguen a la población en general, por cuenta de nuestros sistemas político y económico. Por eso, mantenemos nuestra desensa contínua a la ley Rouanet, que no es perfecta, pero es un camino. Como funciona en Perú? Ah, te hago recordar que salió ayer un nuevo artículo. Abrazos!

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    22 de março de 2016 em 12:08
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    O Mutti mais uma vez está de parabéns: pelo conteúdo, pela mensagem, pela excelente redação, em fim é merecedor muitos aplausos.

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      27 de março de 2016 em 18:10
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      Agradeço os aplausos, rsrsrs. No entanto, agradeço ainda mais a leitura e o comentário, sem ela nem o texto que fala deles e todo trabalho anterior aos aplausos perde o sentido. É como um teatro vazio no momento de uma encenação. Agradeço também o incentivo para podermos juntos mudar esse cenário, tanto da falta das apresentações artísticas, como da falta do público que não está acostumado a elas e perdeu o hábito de assisti-las e valorizá-las. Forte abraço!

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    19 de março de 2016 em 09:33
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    É isso aí antes dos aplausos o serviço é árduo. Parabéns Muth mais uma matéria interessante.

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      22 de março de 2016 em 21:54
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      Obrigado Deborah. É verdade qualquer evento ou apresentação demanda muito trabalho. Isso como colocou a Neura e o Michail logo abaixo, está presente em todos os setores, não só na arte, mas nossa visão é que se tornou mais estreita e deixamos de perceber o todo, vemos só pequenas parte do processo. Valeu pelo comentário. Abs.

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    18 de março de 2016 em 20:20
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    Belíssimo texto, muito sensível e verdadeiro. É importante incentivar a cultura desde cedo, mostrar o processo de criação e a satisfação em poder contemplar musicais, museus, teatros, livros e outros…Parabéns!!!

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      22 de março de 2016 em 21:45
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      Obrigado Liliane, é bom saber que tem mais gente que pensa como nós. Vamos aos poucos fazendo nossa parte e tentar realizar esse sonho. Abs.

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    18 de março de 2016 em 17:04
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    Ponderações Muito importantes, caro Mutti. Acredito que seja dever dos intelectuais das artes fomentar o convívio da população com as manifestações artísticas , precisamos apenas tomar o cuidado para não “engessar” tradições artísticas sob um prisma consolidado historicamente.
    Sei que esta é uma de suas preocupações, dada sua formação, mas ainda hoje vejo muitas iniciativas de “formação de plateia” rígidas que mantém diálogo com preocupações caras às sociedades europeias do século XIX, lugares estes que nem se assemelham com a dinâmica de nosso país.
    Creio ser preciso enxergar esta questão da formação artística sob o prisma que você vivencia e coordena aí em Itapoá: uma perspectiva local, por meio do trabalho desempenhado com a escola de música, uma experiência continuada, por meio das práticas nos projetos, e uma perspectiva educacional mãos ampla, por meio das parcerias via fomento, que você bem destacou no artigo anterior.

    Parabéns pelo excelente trabalho que você e seus colegas vêm desempenhando na cidade, é um exemplo de estratégias efetivas que seriam úteis a todo território nacional.

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      22 de março de 2016 em 21:35
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      Obrigado Alan, sinto-me honrado com seu cometário, principalmente por que vem de alguém com pós-graduação em música. Sim, também tenho essa preocupação. Quando falamos de cultura como patrimônio precisamos ter esse cuidado e ampliar este conceito no sentido horizontal. Afinal de contas ele, o patrimônio cultural, só tem valor se for útil, se agregar valores de culturas variadas (no sentido antropológico) a nossa própria, se fizer sentido para nós e para nossa realidade. Não pode ser algo imposto verticalmente. Muito embora nossa escassez cultural é tanta que hoje qualquer amostra deste patrimônio já me deixa contente seja no segmento erudito ou popular. Seu questionamento me fez pensar sobre o tema, confesso que ele estava passando meio despercebido para mim. Vou ver se resgato ele mais pra frente, acho que ele entra bem em uma discussão entre erudito e popular, sabendo já de antemão que esses limites se confundem e que os dois universos não são de maneira nenhuma distantes entre si, ou pelo menos não deveriam ser. Entra no que colocastes do ‘historicamente consolidado’ e uma supervalorização de determinadas formas de arte de determinadas épocas ( a sociedade européia do sec XiX) em detrimento de outras. Obrigado por nos fazer refletir sobre a arte com seu comentário. Abs.

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    18 de março de 2016 em 16:42
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    Oi Mutti, muito inteligente de sua parte trazer a categoria marxiana do fetiche da mercadoria para o texto, por meio do exemplo do pão, e transpor isso para a produção cultural. Parabéns!

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      22 de março de 2016 em 21:12
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      Obrigado, Neura. Sim, a leitura de Marx sobre a nossa sociedade é uma reflexão indispensável para sua compreensão mas, infelizmente, as pessoas a confundem com um partidarismo, associam apenas ao movimento comunistas que se originou dela, e esquecem que antes de tudo ela é uma reflexão filosófica sobre nossa sociedade e que lança uma luz para sua compreensão. Ou seja, a condenam antes da leitura, ou até para justificar a ausência desta leitura. Quem o leu pode utilizá-lo para a compreensão do seu papel dentro do sistema capitalista e pode assim utilizar-se deste conhecimento para, se não for possível transformar a realidade do sistema econômico, pelo menos não ser enganado por esta. Obrigado pela contribuição, abraços.

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    18 de março de 2016 em 14:20
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    Obrigado por compartilhar suas publicações. Tenho lido desde a primeira. Posso dizer que sua forma de se expressar na forma escrita é muito agradável assim como ouvi-lo tocando seus instrumentos. Comentando o que escreveu, nossa sociedade se tornou muito imediatista e a tecnologia força essa modificação na forma de pensar, tudo acontece de maneira muito rápida. Quando você afirma que não se imagina o trabalho que demanda preparar uma apresentação, assim acontece em outras áreas profissionais. E não se credita o devido valor, ao menos no Brasil. Na Europa e outros países fora de lá os espetáculos são muito valorizados. A mentalidade é diferente. Teremos que batalhar muito ainda para que o devido valor e apreciação sejam reconhecidos por nossa sociedade. Talvez nem eu nem você possamos ver os resultados grandiosos que uma semente lançada hoje, produzirá no futuro. É na escola que a transformação começa. Lá que se aprende os valores pra vida. Vocês estão no caminho…mas preparem-se para muitas reações contrárias. O mundo, e digo as pessoas, está muito incrédulo e egoísta. Vivemos momentos conturbados no Planeta, e não temos grandes referências. Pois, sempre mencionamos personagens que não existem mais por milênios para reforçar nossos pensamentos e ideias. Não sendo muito injusto reconheço muitos homens e mulheres que fizeram algo importante e deixaram suas marcas gravadas em anos mais recentes. Então…deixe as suas marcas também. Quem sabe no futuro longínquo seu nome seja mencionado também! Forte abraço. Aplausos pra você!!

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      22 de março de 2016 em 18:41
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      Obrigado Michael pelos elogios, pela leitura e principalmente pelo cometário. Só o fato de saber que compartilha desta preocupação já nos faz sentir melhor por sabermos que não estamos sozinhos. Esta é um pouco a ideia da coluna compartilharmos nossas reflexões e nos sentirmos assim um pouco mais forte para continuar. Vamos fazendo nossa parte, obrigado por poder contar contigo. Abs.

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    18 de março de 2016 em 12:10
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    PROFESSOR MUTTI, MAIS UM TEXTO REDIGIDO COM FUNDAMENTOS DE QUEM CONHECE A ARTE DA CULTURA PORQUE FAZ CULTURA DA ARTE MUSICAL E SABE DO INVESTIMENTO FEITO PARA ATINGIR O MOMENTO DA APRESENTAÇÃO.
    DESPERTAR A PERCEPÇÃO DE QUE PARA PRODUZIR CULTURA TEM-SE QUE SER PERSEVERANTE E MUITO DEDICADO NO DESENVOLVIMENTO DESTA CAPACIDADE.
    OBRIGADO POR NOS FAZER REFLETIR SOBRE A CULTURA E A CONDIÇÃO DE SE PRODUZIR CULTURA DE QUALIDADE.

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      20 de março de 2016 em 10:06
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      Valeu Dante, obrigado pela leitura e pelos elogios. Precisamos mudar o cenário da cultura através da educação e de projetos contínuos de formação e apresentações artísticas. Não podemos mais aceitar apenas eventos que muitas vezes não tem conexão um com o outro e nem com a formação e manutenção dos artistas. Eu e vc que fazemos parte do coral, vivenciamos essa experiência e precisamos aprender com ela, divulgá-la e reproduzi-la em outros setores das artes, não acha? Grato pela sua contribuição e constante participação na coluna. Abs.

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    18 de março de 2016 em 09:51
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    Parbéns pelo trabalho, a arte , a música, a inspiração, despertam tudo de bom no ser humano! Abração

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      20 de março de 2016 em 09:57
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      Valeu Marlon, é bom saber que mais gente deposita essa mesma esperança nas artes. Abs.

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    18 de março de 2016 em 09:42
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    Tudo isto para que em algumas ocasiões o artista ainda tenha que escutar: “Poderia apresentar em meu restaurante para mostrar seu trabalho. Não posso pagar cachê.”
    Tenho viajado pelo Brasil todo e em algumas cidades não existe nada que garanta a formação das crianças e jovens na parte artística, nem aula de dança, música, pintura, literatura enfim absolutamente nada. Mas uma vez por ano a Secretaria Municipal de Cultura contrata uma Apresentação de Rodeio que leva todos os recursos da cidade. Além de maltratar os animais desviam a possibilidade que se tinha de fomentar a cultura no município. Não é por acaso que os recursos para a Cultura sejam sempre escassos , um povo que desconhece suas raízes esta fadado dizer amém a tudo. Não tem senso crítico, criatividade amortecida e isto para os poderes políticos em muitos casos é ótimo, pois se mantem no poder trocando favores. Por isso antes dos aplausos precisamos saber escolher os nossos representantes, principalmente num ano como este que serão escolhidos os novos Prefeitos. Talvez esteja no momento de Itapoá ter um que tenha compromisso com a CULTURA, ao contrário de ser proprietário de um CRECI.
    Parabéns pelo belo texto irmão, esta é uma excelente forma de ajudar sua cidade e abrir perspectivas para as crianças e juventude.

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      20 de março de 2016 em 08:48
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      Olá João Bello, muito boa sua contribuição, principalmente mostrando o seu conhecimento de outras cidades do Brasil realizando o trabalho com a Cultura. Sim, é verdade, a desvalorização do trabalho artístico é deprimente. As iniciativas vindas do poder público municipal são também muito raras. A lei Rouanet, embora tenha também muito a melhorar, é uma possibilidade de não depender do poder público estritamente. Já fizestes algum projeto com ela? É trabahoso, burocratico e a captação não é fácil, mas fora isso ela funciona e é uma porta e possibilidade que pode se abrir. No ano passado fomos com os integrantes do coral e representantes da AMI pedir a viabilização de uma lei municipal de incentivo a Cultura em Itapoá. Seria também um caminho para que os próprios artistas aliados com o comércio e empresas pudessem trabalhar com dignidade. Vamos conversando. Abs

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