Projeto Tribos e Tribais: arte é vida e está viva

O que é arte para você? Contemplação, beleza, conhecimento, resgate? Tudo isso e mais um pouco? O Projeto Tribos e Tribais nos mostrou que sim, que mais do que a gente imagina, arte é vida, e em todos os seus sentidos!

Nos últimos meses, Itapoá foi palco desse Projeto que busca nos aproximar do conhecimento de algumas etnias brasileiras, da sua cultura e sua arte: une a antiguidade milenar das origens brasileiras com a arte contemporânea do desenho e da tatuagem. Realizado pelo artista André Luiz Pereira e uma equipe de peso, o Projeto Tribos e Tribais apresentou 15 obras inéditas em tribal: no tecido, papel, madeira e, claro, tatuagem!

Muito conhecido pela sua arte na pele dos itapoaenses e visitantes, André conta que o tribal sempre chamou muito a sua atenção e curiosidade, e agora conseguiu mergulhar nisso. Para potencializar a inspiração necessária no desenvolvimento das artes, o artista fez uma imersão e um estudo aprofundado com povos originários na aldeia Steinen-Xingu, no Parque Indígena do Xingu (MT). “Foi muito importante perceber como cada linha, cada traço e forma tem sua importância. Nós, artistas, precisamos conhecer e pensar na potência das nossas obras”, conta André.

Assim, as obras refletem muito bem a inspiração dos povos originários, da cultura indígena, do povo brasileiro, afinal, mais do que estudar, André conseguiu vivenciar isso. E o Projeto, em resumo, é o conjunto de tudo isso: o amplo estudo sobre o tribal e transmitir um pouco disso às pessoas.

Durante os meses de maio e início de junho, foram realizadas duas mostras de arte para a comunidade não só contemplar e aprender, mas vivenciar essa arte também. A primeira mostra aconteceu na Reserva Volta Velha, em meio à natureza. Conforme André, a escolha do local tem uma importância grande: “Não gostaria que as pessoas apenas vissem o meu trabalho, mas também interagissem com a Mãe Terra. Que vivessem a experiência do que foi e é esse Projeto”.

Experiência e vida são palavras-chave do Tribos e Tribais. André conta que aprendeu muito durante todo o processo e, entre todos os aprendizados, fica que a arte é o momento: ela acontece em algum momento, por um olhar, um sentimento, um movimento; e da mesma forma é recebida, cada pessoa e tempo recebem e vivenciam ela de forma diferente. “E a gente que tem esse canal, talvez com um pouco mais de facilidade em expor isso, de colocar esse momento no papel ou em qualquer outra forma de expressão, precisa dar sua devida importância”, reforça André.

Ele complementa: “foram dias intensos, mas que, sem dúvida, me tornaram uma pessoa mais sábia e feliz”. O brilho nos olhos não deixa enganar a satisfação em ver o resultado alcançado: “Mostrar o quão belo são esses padrões, a natureza, os povos originários e os materiais que podem ser utilizados para aplicação. A arte é viva!”.

O Projeto foi selecionado pelo Prêmio Elisabete Anderle de Apoio à Cultura – Edição 2022, e executado com recursos de Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense da Cultura.

Junto com André, uma equipe de peso e força marcou presença, a qual ele agradece com muito carinho: “Meu amigo Mutti, pelo convite e suporte ao projeto; à minha esposa e companheira Simone, que tem me ajudado e me ensinado tanto; meus amados filhos Jhoe e Serena; à toda equipe, mais de 20 pessoas, que fizeram parte desse trabalho. Agradeço também todos os funcionários da Tribo do Sol, que de alguma forma ajudaram; meu amigo Lutim, Seu Luiz, que me ensina muito; aos meus familiares, amigos e todos que estiveram junto. Por fim, agradeço à minha vida, imensamente ao meu dia a dia, algo tão precioso”.

Gostou e quer saber mais?
Acesse @tribodosol.itapoa

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Augusta Fehrmann Gern

Augusta Gern. Jornalista pela Instituição Educacional Bom Jesus / Ielusc (2012) e mestre em comunicação pela Universidade Federal do Paraná - UFPR (2017). Tem experiência em assessoria de imprensa, comunicação empresarial e redação e, atualmente, trabalha com produção de conteúdo e assessoria de imprensa.

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