MOMENTO ACORI: “Quero correr…”
Atualmente, o trabalho e a evolução tecnológica levaram o ser humano a adotar um estilo de vida sedentário, se comparado com 50 anos atrás. Isso fez com que o homem, sem perceber, se tornasse mais fraco, não doente, mas predisposto a doenças.
Os exemplos são encontrados com freqüência em academias e clínicas de fisioterapia. Em academias, é comum fazer um exame físico para verificar valências importantes como força e flexibilidade muscular, que na maioria das vezes encontram-se abaixo do normal devido a um estilo de vida com pouco movimento, isso ocorre em pelo menos 85% dos casos.
Já nas clínicas e consultórios de fisioterapia, os desvios de postura são cada vez mais comuns, e segundo estatísticas, 92% das dores nas costas estão relacionados justamente com desequilíbrios musculares, ou seja, falta de força e flexibilidade.
O que existe de comum nos indivíduos encontrados nestes dois ambientes tão diferentes? Ambos não apresentam sintomas que caracterizem uma doença, mas estão predispostos a desenvolverem vários tipos de patologias devido à falta de força muscular, como por exemplo, lesões musculares, lesões articulares e até mesmo distúrbios mais graves como diabetes e hipertensão arterial.
Aí você pergunta: “O que isso tem a ver com a corrida?” – A resposta é simples – TUDO.
As pessoas nessas condições de saúde são incentivadas a procurarem hábitos de vida saudáveis, fazendo exercícios de forma regular e equilibrando sua alimentação.
Dentre muitas modalidades esportivas, a corrida de rua merece destaque, pois é um esporte relativamente barato e vem crescendo de forma bastante significativa; e estimulada por campanhas, clubes, associações, mídia e até mesmo provas de corrida que ocorrem periodicamente em diversas cidades do país.
O grande problema é que muitas pessoas aderem ao esporte e se esquecem de alguns detalhes importantes à saúde, detalhes esses que devem ser a porta de entrada a qualquer modalidade esportiva, não somente a corrida.
A primeira pergunta que devemos nos fazer antes de sair correndo, pedalando nadando ou qualquer outra coisa é: “Como está minha saúde?”
Temos que ter em mente que a ausência de sintomas não significa boa saúde e devemos também estar atentos às doenças silenciosas como a hipertensão e o diabetes, pois essas doenças não apresentam, no início, sintomas e podem ser agravadas com a prática de exercícios sem orientação adequada.
Portanto, é de fundamental importância, antes de aderir a uma modalidade esportiva, procurar um médico e fazer um “chek up” completo, para descartar fatores de risco iminente e a possibilidade de sofrer algum mal súbito ao iniciar a prática desportiva.
Outro fator bastante relevante e que na maioria das vezes é deixado de lado, seja por negligência ou até mesmo por falta de orientação ou de conhecimento, são as capacidades funcionais. A capacidade funcional de um indivíduo nada mais é do que ter capacidade física suficiente para exercer suas atividade diárias (seja em casa ou no trabalho), sem correr riscos de desenvolver problemas de saúde como as famosas LER (Lesão por esforço repetitivo)/DORT (Doenças Osteoarticulares Relacionadas ao Trabalho). Esse tipo de avaliação pode ser feita em clínicas e consultório de fisioterapia e englobam avaliação postural e testes específicos que são capazes de verificar se a capacidade funcional de um indivíduo encontra-se dentro do normal. Essa avaliação é de suma importância para prevenir lesões que possam ser desencadeadas ou agravadas pelo exercício físico, nesse caso a corrida.
Por fim, e muito importante, é a presença do profissional de educação física, pois exercício físico é como remédio, se tomado em doses abaixo do ideal não trará grandes benefícios e se tomado de forma inadequada pode trazer malefícios. Portanto, é importantíssimo consultar um profissional da educação física para uma analise de capacidade física, que é diferente da análise de capacidade funcional, e, posteriormente, receber orientações adequadas para a prática da corrida.
Para finalizar deve-se dizer que surge a seguinte dúvida: “Qual destas avaliações é mais importante?” A resposta: cada uma apresenta uma finalidade distinta, mas são complementares entre si, não sendo esta ou aquela a mais importante.
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