“Qual é a história que vamos deixar?”, por Augusta Gern

Sem dúvida alguma, esse é um momento histórico. Em qual lista de desejos, programações ou atividades poderíamos imaginar que tudo isso nos esperaria em 2020?

De um dia para outro, os encontros e reuniões se tornaram virtuais, todas as gerações estão conectadas e a palavra online se tornou obrigação social. De um dia para o outro, tivemos que nos reinventar e nos adaptar no trabalho, nas compras, em casa e em atividades que nem pareciam fazer parte da nossa rotina até então. De um dia para o outro, precisamos aprender a conviver mais com nós mesmos do que com os outros. Aprendemos a dar o real valor à saúde, a nossa e a dos outros. Entendemos a importância de valorizar o negócio local, de ajudar o próximo e do significado da palavra so-li-da-ri-e-da-de. De um dia para o outro, os abraços precisaram ser sentidos por palavras e aprendemos a sorrir com os olhos.

Sem nos esforçarmos muito para pensar, essas são apenas algumas das coisas que um vírus também nos trouxe. Não é um momento fácil e diferentes crenças e interpretações buscam uma resposta do porquê tudo isso acontecer agora. Como podemos saber?

Mas sempre que há a oportunidade de análise, entre um copo meio cheio e meio vazio, eu escolho a primeira opção. Quem sabe, entre toda a crise da saúde, os problemas sociais e até financeiros, esse não é um tempo de oportunidades? Oportunidade de nos autoconhecermos, de revisitarmos os nossos valores, de aprendermos coisas novas, de nos adaptarmos, de ajudarmos o próximo e, principalmente, de entendermos que mesmo com todas as diferenças, no fundo somos todos iguais.

Oportunidade de aprendermos com o tempo e não competirmos contra ele: de saber que tudo tem o seu tempo e de que todo tempo passa.

Assim, daqui a pouco, tudo isso vai ter passado. Esse tempo vai virar memória, vai virar história. E o que levaremos disso? De tudo que surgiu, de tudo o que foi sentido e vivido, o que vai ficar?

Mais do que registros nos livros de história, retrospectiva em jornais, números e avanços científicos, o que você vai deixar para a história e que história você vai deixar disso tudo?

Lembre-se, esse pode ser o nosso tempo de oportunidades!

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Augusta Fehrmann Gern

Augusta Gern. Jornalista pela Instituição Educacional Bom Jesus / Ielusc (2012) e mestre em comunicação pela Universidade Federal do Paraná - UFPR (2017). Tem experiência em assessoria de imprensa, comunicação empresarial e redação e, atualmente, trabalha com produção de conteúdo e assessoria de imprensa.

Um comentário em ““Qual é a história que vamos deixar?”, por Augusta Gern

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    30 de abril de 2020 em 22:42
    Permalink

    “Qual é a história que vamos deixar?”
    Lindo texto! Parabéns Augusta!
    Abs

    Resposta

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