“O seu voto importa – Vote com consciência”, por Thiago Gusso

No próximo dia 15 de novembro, iremos às urnas para eleger o prefeito e os vereadores que irão decidir os rumos que nossas cidades irão tomar entre 2021 e 2024. As consequências dessas decisões, porém, devem ir muito além desses quatro anos de gestão. É por isso que não há exagero algum em dizer que o seu voto ajuda a definir o futuro. Ele é muito importante e merece sua atenção. Exerça-o de forma consciente e com seriedade.

Para entender ainda melhor a importância do voto vale um resumo de como chegamos a esse processo de eleição direta. Hoje, a República Federativa do Brasil se constitui em Estado Democrático de Direito no qual “todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente”, de acordo com o artigo 1º, parágrafo único, da Constituição Federal de 1988. Ou seja, a lei fundamental brasileira, já cita as eleições logo em sua abertura, em seu primeiro artigo. As eleições são a base de nossa democracia.

O sentido dessa democracia está justamente na possibilidade de o cidadão exercer a soberania popular pelo voto direto e secreto na escolha dos governantes, tendo esse voto como instrumento de suma importância.

Nem sempre as eleições no Brasil tiveram essa ampla e reconhecida representatividade democrática. Houve no passado, períodos de grandes restrições ao direito de participação popular no processo de escolha dos governantes, como quando mulheres não tinham direito a voto, o voto era definido pela renda (censitário, apenas para os ricos) ou controlado por coronéis (o voto de cabresto).

Atualmente, o período de eleições representa um dos raros momentos em que todos se igualam, já que não existe diferença de valor entre um voto e outro. Por isso, é tão importante falar em voto consciente, pois é dessa consciência que depende o sucesso do pleito para a sociedade como um todo.

Para isso, é importante conhecer o funcionamento do processo, tentar entender o sistema por meio do qual os candidatos são eleitos e saber distinguir o que é legítimo e o que ofende a moralidade da disputa eleitoral.

Ainda há tempo. Procure se informar a respeito das ideias do partido político ao qual seu candidato está filiado, busque informações sobre o passado político e pessoal desse candidato. Tenha em mente que aquele candidato que tenta te oferecer alguma vantagem pessoal continuará a promover a corrupção caso seja eleito. Saiba que nem todo político é igual ou corrupto. Existem aqueles realmente interessados em uma mudança social e política, mas para identifica-los, você precisará se esforçar em entender o que representa cada uma das candidaturas na disputa.

Espero, de fato, que tenhamos um domingo de eleições tranquilo e inesquecível no próximo dia 15 de novembro. Que os resultados das urnas apontem a vitória das melhores propostas e daqueles que têm condições suficientes de executá-las, de forma que nos próximos quatro anos e seguintes, possamos colher os frutos desse voto consciente que estamos prestes a depositar em nossos candidatos.