“Votos e Vetos”, por Mutti Kirinus

Recentemente, a Presidência da República teve mais duas iniciativas contra a Cultura Brasileira. Foram os vetos contra a Lei Paulo Gustavo e contra a Lei Aldir Blanc 2. Já como Plano de Governo, sua intenção era acabar com a Lei Rouanet, o que para isso, inteligentemente, se é que ir contra a Cultura é sinal de inteligência, o ex-secretário da Cultura promoveu um enorme desmonte da Lei, atrasando projetos, diminuindo limites de projetos ativos por proponente, colocando regras que contribuem apenas para limitar e não ampliar o poder de democratização de acesso à Cultura dessa tão importante ferramenta de gestão participativa.

Aprovada pela Câmara Federal, pelo Senado, e apoiada pelo Setor Cultural do país, ambas as leis trariam milhões para investimento em projetos culturais, entre eles, aulas de ensino musical gratuitas, aulas gratuitas de outras artes, apresentações artísticas de acesso gratuito, oficinas de aprimoramento, exposições, festivais, etc.

Mas o que nós cidadãos comuns temos a ver com os vetos do presidente? Não podemos esquecer que esses vetos tiveram sua origem no voto. Um governo que não apoia a Cultura Brasileira, e veta as ferramentas originadas para o seu desenvolvimento, não pode, em nenhum momento, receber a alcunha de patriota. Ir contra a Cultura Brasileira é ir contra o Brasil.

Somente neste mês de abril e início de maio, realizamos 14 momentos de contação de histórias; 7 palestras de formação para professores; 2 apresentações musicais; 14 palestras com apresentações musicais nas escolas em Itapoá. Sem contar com a produção e distribuição de 1000 exemplares do vídeo livro Formigarra-Cigamiga para toda a rede pública de ensino em Joinville. Tudo isso, graças a essas ferramentas de gestão participativa via editais Aldir Blanc e Elisabete Anderle.

Enfim, se não quisermos que mais vetos impeçam a ampliação da Cultura em nosso país, precisamos pensar como nosso voto pode gerar apoio ou vetos para a Cultura e para o bem do Brasil.

Mutti

Mutti

Helmuth A. Kirinus é mestre em Filosofia pela UFPR, formado em gestão cultural e músico. Atualmente coordena 8 projetos via lei Rouanet de incentivo à cultura e 4 via Sistema Municipal de Desenvolvimento da Cultura de Joinville. É professor de violão e coordenador da Escola de Música Tocando em Frente em Itapoá. Atua também como representante técnico do setor Comunicação e Cultura dos projetos do Ampliar pelo Porto Itapoá.

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